Escala de Mohs
http://www.cienciasnaturales.es/ESCALAMOHS.swf (Apesar de não estar em Português, entende-se)
Fontes:
http://www.agracadaquimica.com.br/index.php?&ds=1&acao=quimica/ms2&i=18&id=610
http://www.jcmorais.com/ptmineral.html
1. TALCO
Fórmula – Mg3Si4O10(OH)2
Composição – Silicato de magnésio.
Cor – Verde pálido, amarelo ou cinza-esverdeado.
Ocorrência – Gerada em processos de alteração hidrotermal de minerais magnesianos, especialmente olivina e ortopiroxena e metamorfismo regional ou de contato sobre calcários magnesianos ou rochas ultrabásicas.
Usos – A grande diversidade de aplicação do talco tem, como consequência, um largo espectro de mercados. Mas, como é um mineral que ocorre sempre associado com outros minerais, estes vão como que “contaminar” a pureza do talco. Estes minerais contaminantes exercem uma influência enorme e condicionam o campo de aplicação. O talco de elevada pureza é usado na cosmética, como por exemplo no pó-detalco, amaciador, cremes e loções e outros produtos cosméticos, indústria de papel e para carga reforçante na borracha. Um talco com pureza entre os 75% e 95% é aplicado para revestimento em papéis, plásticos, tintas, azulejos entre outros. Quando a pureza é inferior a 75% são aplicados em fertilizantes, cerâmicas, misturas betuminosas em estradas (Velho, 2005). Curiosidade: é uma camada de talco que reveste as folhas de papel e que lhe confere a cor branca e o toque macio característicos (Velho et al., 1998).
Antigamente o talco era usado pelos alfaiates para marcar os tecidos para corte.
2. GIPSITA= GESSO
Fórmula – (CaSO4•2H2O)
Composição – Sulfato de cálcio hidratado. 46,6% SO3, 32,5% CaO, 20,9% H2O. As principais variedades são espato acetinado, fibroso com brilho sedosos; alabastro variedade maciça e transparente, usada em esculturas, e selenita, cristais com clivagens largas, incolores e transparentes.
Cor – Incolor, branco a cinza, amarelo, vermelho, castanho.
Ocorrência – Forma-se nos evaporitos, normalmente como produto de hidratação da anidrita, fumarolas, decomposição (oxidação) de sulfetos e veios hidrotermais sulfetados de baixa temperatura e pressão. Por aquecimento perde água, formando a 128ºC o gesso (pasta de Paris), que tem e 1,57, w 1,55 e d 0,02. Na natureza, a gipsita pode desidratar para anidrita com diminuição de volume, ou mesmo reduzir o enxofre.
Usos – Gesso para moldes cerâmicos, odontológicos, estatuetas, estuque etc.; fabricação de ácido sulfúrico, cimento Portland, para neutralizar o excesso de cloreto de sódio nas terras cultiváveis, para diminuir a rapidez de pega do cimento Portland, carga para papel, tintas etc.; fundente de minérios de níquel; purificação de água para fabricação de cerveja; quando na forma maciça e compacta (alabastro) é usado par fins ornamentais, incorporado na fabricação do cimento. Também em fornos, moldes, ortopedia, construção civil (forros) etc.
3. CALCITE
Fórmula – (CaCO3)
Composição – Carbonato de Cálcio. 53,0% CaO , 44,0% CO2.
Cor – Usualmente branco ou incolor, cinza, vermelho, verde , azul e amarelo. Também, quando impura, castanho a preto.
Ocorrência – É um dos minerais mais comuns e disseminados. Ocorre como massas rochosas sedimentares enormes e amplamente espalhadas, nas quais é o único mineral preponderante, sendo o único presente em certos calcários. É um constituinte importante de margas e pelitos calcários.
As rochas calcárias formam-se por processos orgânicos e inorgânicos. No primeiro caso resulta da deposição em fundo marinho, de grandes camadas de material calcário, sob a forma de carapaças e esqueletos de animais marinhos. Uma proporção menor dessas rochas formam-se inorgânicamente pela precipitação direta de carbonato de cálcio em soluções aquosas.
Usos – O emprego mais importante da calcita é na fabricação de cimentos e cal para argamassa. Também é usado como corretor de pH em solos ácidos.
4. FLUORITE
Fórmula – CaF2
Composição – 51,33 % Ca ; 48,67 % F.
Cor – Incolor, roxo, verde, rosa, amarelo, azul, vermelho.
Ocorrência – É um mineral comum em greisen, granitos, sienitos e como cimentos em arenitos.
Usos – É o mineral de minério de flúor mais importante, usado diretamente como fundente em metalurgia; como adorno; nas fundições de ferro; no tratamento dos minérios de ouro, prata, cobre e chumbo e antimônio; como gema etc.
5. APATITE
Fórmula Química (genérica) – Ca5(PO4)3(OH,F,Cl)
Composição – Fosfato de cálcio e flúor/cloro. 41,8% P2O5 , 55,0% CaO , 1,2% F, 2,3% Cl , 0,6% H2O.
Cor – Usualmente incolor, podendo ser branco, azul-esverdeado, violeta-azulado, amarelo, marrom, cinza, vermelho.
Ocorrência – Ocorre em rochas magmáticas, metamórficas e hidrotermais como mineral acessório. Pode também ocorrer em rochas sedimentares, como clastos ou como mineral secundário.
Usos – Fabricação de fertilizantes, ração animal, ácido fosfórico, detergentes, inseticidas e até gemas.
6. FELDSPATO ORTOCLASE
Fórmula – KAlSi3O8
Composição – 16.92 % K2O, 18.32 % Al2O3, 64.76 % SiO2. Como os elementos Silício e Alumínio são os mais abundantes na crosta terrestre, não é de se admirar que os feldspatos compõem mais de 60% em volume, das rochas da crosta terrestre.
Cor – Esverdeada.
7. QUARTZO
Fórmula – (SiO2)
Cor – Incolor, branco, púrpura, preto, cinza, leitoso, etc.
Composição – 46.74 % Si, 53.26 % O.
Ocorrência – É gerado por processos metamórficos, magmáticos, diagenéticos e hidrotermais.
Usos – Areia para moldes de fundição, fabricação de vidro, esmalte, saponáceos, dentifrícios, abrasivos, lixas, fibras óticas, refratários, cerâmica, produtos eletrônicos, relógios, indústria de ornamentos; fabricação de instrumentos óticos, de vasilhas químicas, refratários etc. É muito utilizado também na construção civil como areia e na confecção de jóias baratas, em objetos ornamentais e enfeites, na confecção de cinzeiros, colares, pulseiras, pequenas esculturas etc.
8. TOPÁZIO
Fórmula – Al2SiO4(OH,F)2
Composição – 55,95 % Al2O3, 32,97 % SiO2, 4,45 % H2O, 11,47 % F.
Cor – Branco, amarelo-vinho, amarelo-palha, cinza, verde, azul, vermelho.
Ocorrência – Ocorre em granitos e riólitos, veios ou cavidades, sendo nestes últimos resultado de cristalização pneumatolítica residual de magmas. Ocorre também em alguns xistos e gnaisses, como resultado do mesmo processo. Frequentemente encontrado em pegmatitos.
Usos – Gema e indústria de ref
ratários.
9. CORÍNDO
Fórmula – Al2O3
Composição – Trióxido de Alumínio (Al2O3), 52,9% de Al, 47,1% de O.
Cor – Cor variada (incolor, branco, cinza, vermelho, azul, amarelo etc.)
Ocorrência – Gerado por processos magmáticos e metamórficos de temperatura moderada a alta, em condições excesso de Al, ou deficiência de álcalis e sílica. Portanto, aparece em rochas ígneas pobres em sílica, nos contatos de corpos peridotíticos, rochas aluminosas submetidas a metamorfismo de contato ou regional. Pode ser produzido artificialmente por aquecimento de alumina acima de 450ºC. Pelo processo Verneuil, são produzidas gemas sintéticas, adicionando-se pequenas quantidades de Fe, Cr, V ou Ti para dar a cor apropriada.
Usos – São diversas as variedades, que normalmente são definidas pela coloração, sendo as principais rubi (vermelho vivo), safira (azul), topázio oriental (amarelo), ametista oriental (roxo-violeta), esmeralda oriental (verde-claro), esmeril (mistura de coríndon com outros minerais). O coríndon não utilizável em joalheria é usado como abrasivo, em ferramentas cortantes e também como material refratário, em virtude do elevado ponto de fusão. A preparação sintética do rubi e da safira é feita com tal perfeição e baixo custo e, praticamente, não há necessidade de falsificações; todavia, é relativamente fácil reconhecer ao microscópio as gemas naturais pela estrutura zonal da bem delimitada, definida pela coloração e inclusões de outros minerais, ao passo que as pedras sintéticas normalmente possuem inclusões gasosas. O esmeril é o coríndon impuro, empregado como abrasivo, na fabricação de lixas, rebolos etc., cabendo ressaltar que o uso do material natural para estas finalidades diminuiu bastante pelo uso de correspondentes artificiais.
10. DIAMANTE
Fórmula – Contém apenas átomos de Carbono (C).
Composição – C (Carbono puro)
Cor – Transparente, branco, cinza, preto, azul ou amarelo.
Ocorrência – Gerados em grande profundidade, onde a pressão em relação ao grau geotérmico permite sua geração, sendo que quanto maior o grau geotérmico mais profundo seu ambiente de formação. Dessa forma, esse mineral apenas pode aparecer na superfície trazido por magmas de origem profunda e ascensão rápida (quimberlíticos e lamproíticos) , pois se a subida for lenta, há possibilidade de formação de grafita, com a diminuição da pressão e manutenção da temperatura.
Usos – Gema na joalheria, ferramentas de corte, brocas, abrasivos, serras diamantadas, fios diamantados, “canetas” para cortar vidro.
Curiosidade sobre os diamantes: O diamante é muito resistente e utilizado, por exemplo, nos equipamentos de perfuração de petróleo e para o corte de vidro. O diamante é tão resistente que somente um diamante corta outro diamante.