Alemdasaulas's Blog

Isto é uma espécie de portofolio ;P

Instituto do Mar e da Atmosfera março 11, 2021

Filed under: G- SISMOLOGIA,Práticas,Visitas de Estudo,Visitas/ Viagens — alemdasaulas @ 12:44

Clica no Link Instituto Português do Mar e da Atmosfera (ipma.pt) e explora-o.

Este é um site que iremos explorar aquando da planificação de saídas de campo/ viagens de estudo (em particular aquelas que serão feitas à beira-mar) assim como quando estivermos a estudar SISMOLOGIA.

Sugestões:

1.- Reúne informações sobre a previsão de tempo para a próxima quarta-feita

Em relação ao dia em que estás a testar esta plataforma, reúne informações para a próxima quarta- feira sobre:

  • previsão do tempo meteorológico das 9h da manhã às 18h
  • período de tempo mais favorável para andar à beira mar- período de tempo compreendido entre metade da maré vazia até meio da enchente.
  • eventuais avisos importantes (avisos amarelos, laranja e vermelhos)

2.- Faz um levantamento dos sismos ocorridos nas últimas 24 horas.

 

Tectónica e Ciclo de Wilson maio 19, 2020

t16-6-ciclo de Wilson (imagen)

 

Novo Modelo Interno da Terra agosto 5, 2019

Nota introdutória:

Este é um bom artigo para se discutir a natureza do conhecimento científico, a substituição de paradigmas, a natureza dos modelos interpretativos que tantas vezes são apresentados e defendidos como dogmas… a importância da sismologia como um método indireto e também a importância da imaginação nos cientistas!

 

Sismólogos descobrem enormes montanhas a 660 quilómetros abaixo da superfície da Terra

Embora a descoberta não suporte a teoria da terra oca, ela fornece alguns insights interessantes sobre a geologia e a história da Terra.
https://socientifica.com.br/wp-content/uploads/2019/02/190214153125-1-900x600-credit-kylemckernan-1550590497.jpg

Nas profundezas da superfície da Terra encontra-se uma paisagem inteira de montanhas possivelmente mais áspera e mais alta do que qualquer outra na superfície. Assim dizem os geofísicos de Princeton Jessica Irving e Wenbo Wu, que publicaram um estudo na semana passada na Science em colaboração com Sidao Ni do Instituto de Geodésia e Geofísica na China. Os pesquisadores usaram ondas sísmicas dispersas registadas durante um terremoto épico de magnitude 8,2 que atingiu a Bolívia em 1994 para mapear a topografia de uma camada limite de 660 quilómetros (410 milhas) “diretamente abaixo”.

Essa camada, chamada Zona de Transição, tem cerca de 155 milhas de espessura. Ele divide o manto da Terra em uma seção superior e inferior, revelando que o interior do nosso planeta é muito mais complexo do que o modelo de crosta-manto-núcleo que estamos acostumados. Irving e Wu descobriram que o topo da Zona de Transição, a cerca de 255 milhas de profundidade, é suave em sua maior parte e drasticamente diferente da aspereza em seu “limite de 660 km”, que é o que eles começaram a chamar por falta de um termo melhor.

Quanto maior e mais profundo o terremoto, melhor, diz Irving: “as ondas de choque que eles enviam em todas as direções podem viajar através do núcleo para o outro lado do planeta – e vice-versa.” Essa magnitude traz informações sobre o caminho que eles percorreram. Eles vão direto através de rochas que são homogéneas ou uniformes na composição e rebatem ou dobram em torno das bordas e limites de materiais heterogéneos ou conglomerados.

“É por isso que podemos ver esses objetos”, disse Wu . “As ondas espalhadas carregam a informação sobre a aspereza da superfície.” E o que eles foram capazes de “ver” parece tão complexo, variado e dramático quanto o que pode ser encontrado na superfície da Terra, com mudanças de elevação de dois quilómetros entre os níveis, áreas semelhantes a pisos oceânicos e cadeias montanhosas colossais.

Os pesquisadores usaram um banco de supercomputadores extremamente poderosos, incluindo o cluster Tiger, de Princeton, para simular o comportamento das ondas do terremoto boliviano. À medida que a sofisticação dos instrumentos sísmicos e da computação se desenvolver no futuro, os cientistas poderão adicionar mais detalhes ao mapa de fronteiras de 660 km. Mas há muitas questões a serem exploradas nesse meio tempo que foram debatidas por geocientistas durante anos.

Por exemplo: o calor percorre uniformemente o manto ou a Zona de Transição interrompe esse processo? O manto superior e inferior são quimicamente distintos e, em caso afirmativo, como funcionam os ciclos termodinâmicos separados? Wu, Irving e Ni acreditam que algumas respostas podem estar na nova paisagem subterrânea revelada. A topografia mais suave no piso da Zona de Transição pode indicar áreas onde o manto é bem misturado, enquanto as zonas montanhosas irregulares podem ser o resultado de uma interrupção ou bloqueio do ciclo de transferência de calor – o que o resumo chama de “circulação imperfeita” entre o manto superior e inferior ”.

O estudo também oferece insights sobre o que acontece com as placas do fundo do mar que são puxadas para as zonas de subducção e empurradas para baixo no manto. Algumas dessas placas poderiam ter atravessado o manto superior, talvez até o limite de 660 km ou mais.

Compreender mais sobre os remanescentes de tais placas tectónicas antigas e como elas impactaram a composição química do manto ajudará os sismólogos a entender como a Terra se formou, como ela muda com o tempo e como essas mudanças afetam a integridade e a longevidade de nosso planeta. É como se fossem os geofísicos do mundo real em Viagem ao Centro da Terra, de Júlio Verne, 155 anos depois. Estava na hora da ficção científica se tornar ciência. [Popular Mechanics]

 

Fonte: https://socientifica.com.br/2019/02/19/sismologos-descobrem-enormes-montanhas-a-660-quilometros-abaixo-da-superficie-da-terra/

 

 

 

 

 

agosto 2, 2019

Nota: A importância de todos os cidadãos serem pessoas esclarecidas sobre os riscos geológicos (no caso específico) é importantíssimo! Importante para que possam intervir de forma esclarecida nos debates em que podem participar, nas escolhas que fazem quando votam nas pessoas que gerem os dinheiros públicos (de cada um de nós), para que possam ser mais interventivos civicamente,….

Numa altura em que a Ocupação Antrópica sai dos programas de Biologia e Geologia que nunca deixemos de usar estes contextos para explorar os outros conteúdos programáticos!

Partilhado pelo Prof. João Mata

AEROPORTO do MONTIJO: Andamos a brincar com a sorte

-Investimento: 1000 milhões €
-Susceptibilidade sísmica: muito elevada
-Substrato: sedimentos não consolidados (areias) e saturados em água (lodos e argilas). Os sedimentos saturados em água têm um elevado poder de potenciação dos efeitos dos sismos (ver vídeo)
-Susceptibilidade a inundação por tsunami: elevada

ANDAMOS A BRINCAR COM A SORTE

VER TAMBÉM: https://earthquake.usgs.gov/hazards/urban/sfbay/soiltype/

 

A ter em conta:

https://participa.pt/pt/consulta/aeroporto-do-montijo-e-respetivas-acessibilidades?fbclid=IwAR1aVA9KsUTNFX1ZDi45ndT_tB8uBf3cjPLhoDGjb-ApflqNww8W2jsfLBU

Nenhuma descrição de foto disponível.
imagem adaptada de relatório síntese do Estudo de impacto ambiental do aeroporto do Montijo.
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Tectónica de Placas julho 11, 2019

 

Tsunami- Indónesia outubro 2018 outubro 3, 2018

Filed under: G- SISMOLOGIA,G-Tectónica Global,Uncategorized — alemdasaulas @ 10:04
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https://elpais.com/elpais/2018/10/02/album/1538469158_079806.html?rel=mas

https://elpais.com/elpais/2018/09/28/album/1538139949_279966.html?rel=mas

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Tsunami- os locais onde me movo são seguros? janeiro 15, 2018

Filed under: G- SISMOLOGIA,SEGURANÇA,Uncategorized — alemdasaulas @ 17:28
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Em Portugal já houve vários tsunamis o mais mediático foi o que acompanhou o  (os? ;)) Terramoto de 1 de novembro de 1755- mais conhecido pelo “Terramoto de Lisboa”.

Resultado de imagem para terramoto de 1755

Vários são os aspectos a ter em conta na geração e efeito de um tsunami:

  • intensidade do sismo
  • rejeito vertical do movimento associado ao sismo
  • volume de água mobilizada
  • distância à costa
  • tipo de costa
  • hora de impacte (estação do ano, dia, hora, …)
  • densidade populacional- habitantes/ visitantes
  • desenho do aglomerado habitacional, tipo de habitações e vias
  • literacia da população
  • Operacionalidade dos serviços de alerta, emergência e socorro
  • etc,

Convencionou-se que  locais a 3 km ou mais da linha de costa e a 30 metros de altitude sã locais mais seguros. Consulta este programa online  e verifica se cumprem o requisito.

http://pt-pt.topographic-map.com/places/Portugal-4004875/

 

Por ironia ;))) a escola secundária cumpre rigorosamente esse requisito ;)))

Para saberes mais:

https://pt.wikihow.com/Sobreviver-a-um-Tsunami

 

 

 

Por que é que há tantos sismos no México (e tão fortes)? outubro 9, 2017

FONTE: https://www.publico.pt/2017/10/09/ciencia/noticia/por-que-e-que-o-mexico-tem-tantos-sismos-e-tao-fortes-1787998

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Placas tectónicas acumularam tensão e romperam-se. Esta é uma explicação (simplificada) para os sismos de Setembro no México e que causaram a morte a centenas de pessoas e deixaram outras tantas desalojadas.

A destruição deixada na Cidade do México pelos sismos de Setembro últimoFoto
A destruição deixada na Cidade do México pelos sismos de Setembro último JOSÉ MÉNDEZ/EPA
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O México foi atingido por dois tremores de terra fortes só no último mês. Primeiro, a 8 de Setembro com um sismo de magnitude 8,2 graus na escala de Richter e epicentro na costa do Pacífico. Depois, a 19 de Setembro houve outro de 7,1 graus de magnitude e epicentro a pouco mais de 100 quilómetros da Cidade do México, a capital do país. Pelo caminho, ainda se registaram outros de menor magnitude e milhares de réplicas. Juntando todos estes sismos, morreram mais de 400 pessoas, a maioria na Cidade do México, e há milhares de desalojados e edifícios destruídos. O Governo do México estima que sejam necessários 1,8 milhões de euros (38 mil milhões de pesos) para reconstruir casas, escolas e edifícios históricos. Afinal, por que é que há tantos sismos e tão fortes no México?

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“O México é um país que muito facilmente tem sismos grandes”, começa por dizer o geólogo Rui Dias, da Universidade de Évora, do Instituto de Ciências da Terra e director-executivo do Centro Ciência Viva de Estremoz. E para se perceber porquê temos de ir até ao oceano Pacífico a nível geológico, mais exactamente até à crosta oceânica.

A Terra tem várias placas tectónicas. Entre elas, há uma muito grande que é a Placa do Pacífico, formada por crosta oceânica e que abrange quase todo o oceano Pacífico. E há a Placa de Cocos, muito mais pequena, composta por basalto e que há milhões de anos está a mergulhar em profundidade por baixo da parte continental da América Central, onde se situa o México (na Placa Norte-Americana). É aqui que encontramos uma zona de subducção, onde uma das placas tectónicas (a Placa de Cocos) se está a enfiar por baixo de outra placa (a Placa Norte-Americana).

E é daqui que surgem os sismos no México. Ora, a Placa de Cocos tem por cima a placa continental onde se encontra o México. “E que é extremamente pesada, faz imenso peso sobre a placa que está a mergulhar e aumenta o atrito entre as placas: a [placa] oceânica que mergulha e a continental que está por cima”, diz o geólogo. “Não é fácil deslizar. Se fosse fácil, nunca havia sismos.” Isto porque o enorme atrito entre a placa que desce (a de Cocos) e a que fica por cima (a Norte-Americana) também vai travando esse processo, ficando a primeira impedida de continuar. A tensão vai-se acumulando e há um momento em que essa tensão acumulada é superior ao atrito e uma parte da placa rompe-se repentinamente e é então que há um sismo.

PÚBLICO – Aumentar
Rui Dias exemplifica com a metáfora de uma escada rolante. “O sismo na zona de subducção é como se fosse uma escada que está a descer.” É como se colocássemos um ferro nos degraus dessa escada e não lhe desligássemos o motor. A escada vai acumulando tensão e há uma altura em que o ferro se parte. Dá um solavanco (o sismo) e começa a descer de novo.

Foi isto que aconteceu no sismo de 8 de Setembro último (no México ainda era 7 de Setembro), no segundo e em muitos outros nesta zona. Periodicamente, há solavancos na placa e liberta-se energia só nessa zona da placa. “É aquilo que é perfeitamente normal em todos os sismos”, refere o geólogo. O sismo de 8 de Setembro, embora tenha sido mais forte, ocorreu mais longe da Cidade do México e o epicentro foi no mar. Provocou a morte a quase 100 pessoas. Já o epicentro do sismo de 19 de Setembro foi em terra e mais perto da Cidade do México. Matou mais de 300 pessoas.

Há alguma ligação de causa-efeito entre os dois sismos mais fortes? “Os especialistas dizem que não tem nada a ver uma coisa com a outra”, responde Rui Dias. O geólogo também diz que a energia do segundo sismo não foi influenciada pela do primeiro. “A energia que é libertada no primeiro sismo, a 500 quilómetros de distância, criou uma tensão que não é suficiente para romper [a placa no local de origem do segundo sismo]. São dois fenómenos independentes, tal como houve mais sismos todos à volta nessas duas ou três semanas de Setembro.”

Também há 32 anos, precisamente a 19 de Setembro, houve um sismo de magnitude 8 gerado a 15 quilómetros de profundidade (os dois mais fortes de Setembro último tiveram uma profundidade superior a 50 quilómetros). Aconteceu nesse sismo de 1985 o mesmo fenómeno, mas foi menos profundo e os seus efeitos foram maiores. Provocou mais de dez mil mortos e muitos estragos.

O México não é o único país onde os tremores de terra são muito frequentes. Há outros como o Japão, a Indonésia e o Chile, salienta o geólogo. “Ao contrário de todos os outros oceanos da Terra, o fundo do Pacífico está a mergulhar debaixo dos continentes que estão à volta”, explica. Relativamente à frequência dos sismos, Rui Dias refere que há cerca de 15 sismos de magnitude entre 7 e 7,4 por ano (como de 19 de Setembro no México) em todo o planeta. Já de magnitude entre 8,1 e 8,5 há uma média de 1,1 sismos por ano (como o de 8 de Setembro). Este ano houve mais de quatro mil sismos de magnitude 4,4 ou mais, segundo os Serviços Geológicos dos Estados Unidos. No mesmo período em 2016 e 2015, houve cerca de cinco mil, e em 2014 cerca de seis mil.

E por que são tão fortes? Porque acontecem nas zonas de subducção. Se ocorressem nas zonas de rifte (onde as placas se afastam uma em relação à outra), seriam mais fracos. É o caso da Islândia. Até agora, o sismo mais forte que se registou na Terra foi no Chile a 22 de Maio de 1960, com uma magnitude de 9,5, segundo um ranking dos Serviços Geológicos dos Estados Unidos. O México não está no Top 10, ao contrário de Portugal, que está no sexto lugar com o sismo de 1 de Novembro de 1755. A magnitude estimada do sismo de 1755 foi de 8,7, de acordo com um estudo de 2005 de investigadores do Centro de Geofísica da Universidade de Lisboa.

“A situação de Portugal é muito complexa”, avisa logo Rui Dias. E há imensas discussões sobre a génese dos sismos no país. Isto porque há a falha Açores-Gibraltar, que é essencialmente lateral, e que separa dois pedaços da crosta oceânica do Atlântico (que desliza uma ao lado da outra). E depois há também estudos que indicam que no oceano Atlântico terá começado uma zona de subducção. “O Atlântico até agora era calmo e ia abrindo no meio e ia-se afastando. São as chamadas ‘zonas passivas’ em que não há movimento, portanto não há [praticamente] sismos”, acrescenta.

Como um “pudim”
“É evidente que vai haver outros sismos [no México]. Mas o sistema é demasiado complexo para se conseguir saber exactamente onde é que um sismo vai acontecer. O que às vezes existe são zonas de falhas que não se rompem há muito tempo”, diz. O geofísico Vlad Manea, da Universidade Nacional Autónoma do México (UNAM), não ficou totalmente surpreendido quando soube do primeiro sismo. Afinal, é um dos poucos investigadores que estudam a actividade sísmica desta região e sabia que já não havia um “acontecimento importante” na zona há muito tempo, disse à revista Science.

Para que se possam estudar terramotos semelhantes aos dos México, os cientistas já estão a fornecer dados do sismo de 8 de Setembro a investigadores de todo o mundo, disse à Science o sismólogo Vladimir Kostoglodov, também da UNAM. “Vale a pena concentrar todos os esforços para aprendermos com o que se está a passar. Isto pode ocorrer noutras zonas de subducção [no mundo].”

Rui Dias dá ainda o exemplo de Istambul, na Turquia, como um sítio onde vai existir um grande sismo. “Vai haver um sismo enorme em breve e que vai destruir Istambul.” Isto porque a falha Norte da Anatólia está a romper-se, aproximando-se cada vez mais de Istambul.

Em relação aos sismos que aconteceram em 2017, o geólogo português diz que está a ser “um ano normal”, em que há centenas ou milhares de sismos. “Se a Cidade do México não tivesse sido construída em cima de um pudim de gelatina, ninguém ligava”, adianta. Além da situação geológica do país, Rui Dias destaca a “situação muito especial” da Cidade do México. Quando os espanhóis chegaram há uns séculos a Tenochtitlan, a capital dos astecas, esta estava numa ilha no meio de um lago. A cidade começou a expandir-se e, ao longo do tempo, foi-se drenando a água e secando o lago. “A Cidade do México não está em cima de uma rocha consolidada com muitos milhões de anos, não é como as rochas sedimentares normais.” Se esta cidade fosse um pudim em cima de uma mesa, se lhe déssemos um murro, esse pudim iria tremer. “Os materiais mais leves aumentam o movimento do solo”, explicou à BBC a sismóloga Susanne Sergeant, dos Serviços Geológicos Britânicos.

Rui Dias também realça que, se os edifícios cumprissem certas normas, “cairiam menos”. “As construções más e mais antigas causam muito mais estragos.” Também Christian Malaga-Chuquitaype, engenheiro do Imperial College de Londres, referiu à BBC: “Se os edifícios tivessem mais paredes estruturantes seriam mais resistentes.” E foi isso que se pensou no grande sismo de há 32 anos, que destruiu milhares de edifícios. Um ano depois, criou-se uma lei que referia que os arquitectos e construtoras civis deveriam ter em conta o “solo mau” da capital e as autoridades deveriam inspeccionar a construção dos edifícios, lembra a BBC. Contudo, não é claro se os novos regulamentos foram cumpridos, pois o inventário dos edifícios é actualizado com pouca frequência e alguns são anteriores a 1985.

Mesmo assim, o geólogo português salienta que a construção dos edifícios não é tudo. E exemplifica com a cidade de Kobe, no Japão, que sofreu um sismo forte nos anos 90 e as suas construções cumpriam as normas. “Provocou imensa destruição.”

“[O México] é um sítio que não devia ser para se viver”, diz de forma hiperbólica Rui Dias. “As cidades são povoações que normalmente foram fundadas por razões de água, solos ou topografia – entre outros factores – e que nunca tiveram em consideração os riscos geológicos. É muito raro haver cidades grandes fundadas de raiz, como é o caso de Brasília.”

E dá um exemplo: “Se eu chegasse numa nave espacial e se fosse distribuir as populações da Terra pelas zonas em que deveriam viver, não punha pessoas numa série de zonas.” É o caso do Japão, onde periodicamente há sismos grandes; da Holanda, que está abaixo do nível do mar; ou não ia fazer uma capital onde está a Cidade do México. “Só que há razões históricas, era ali a capital dos astecas. E, na altura, ninguém sabia muito bem o que eram sismos e quais eram as suas causas.”

 

Tsunami e terramoto de 1755 outubro 5, 2017

Um artigo que se reporta a uma conferência internacional que ocorreu na Universidade de Lisboa sobre estas temáticas.
Se conseguir as comunicações atualizo esta publicação mais tarde, incluíndo-as.
https://www.rtp.pt/noticias/ciencias/analise-ao-tsunami-de-1755-para-evitar-o-pior-num-futuro-possivel_n1024587

 

Simulação de um tsunami maio 23, 2017

Filed under: G- SISMOLOGIA,G-Tectónica Global,Geologia 10.º,Uncategorized — alemdasaulas @ 21:36
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