Alemdasaulas's Blog

Isto é uma espécie de portofolio ;P

Crostas submarinas novembro 14, 2022

Um artigo interessante para explorar.

https://agencia.fapesp.br/crostas-submarinas-de-minerios-um-tesouro-escondido-a-ser-explorado-pela-ciencia/22414/

Um outro artigo interessante

https://aun.webhostusp.sti.usp.br/index.php/2018/05/17/pedras-vivas-e-com-minerais-valiosos-ainda-despertam-misterios/


 

Tsunamis novembro 18, 2021

Cartaz afixado, entre os dias 4 e 6 de novembro, na Escola Secundária de Vagos e na Escola E.B. Dr. João Rocha (Pai) para sensibilizar a comunidade escolar para um fenómeno que já varreu o litoral Português algumas vezes! Outras mais… muito antes do território onde vivemos se chamar Portugal! Irá acontecer de novo… (Autoria: Ana Torrão)

 

Estrutura interna da Terra janeiro 19, 2021

http://dagik.org/misc/gst/GAP_P4/index.html

http://dagik.org/misc/gst/GAP_P4/viewer.html?fbclid=IwAR0Vfcg8b6EpRJkbWsZXsnC37vUFZwliUipJbXTCKhi2eYv3j4lcwIikH00
https://www.facebook.com/1608041128/videos/pcb.5448249368526295/10222478042252335

Partilhado por Dominik Dodis Katona

http://dagik.org/misc/gst/GAP_P4/viewer.html

 

Modelo 3D- Tectónica maio 20, 2020

 

Tectónica e Ciclo de Wilson maio 19, 2020

t16-6-ciclo de Wilson (imagen)

 

Lava em almofada

Filed under: G-Tectónica Global,G-Vulcanologia — alemdasaulas @ 22:04
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campo de lava

Maria
(Porque a Maria perguntou! Isto está fora do programa mas permite responder …)
(Fonte: http://atelierpaleos.fr/alpesgeo2003/cr%20ophiolites/cr%20%20OPHIOLITES.htm)

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Lavas em almofada em Serpa (Alentejo)
Evidências de atividade vulcânica submarina durante o Paleozoico nas margens do Guadiana em Serpa permitiu aos geólogos suspeitarem da ocorrência de um pedaço de crosta oceânica (ofiolito) nas margens deste rio. Os ofiolitos são fragmentos da litosfera oceânica arrancados pela tectónica e incorporados na crusta continental, menos densa.
serpa-nuno
Foto 1 – A formação destes sacos (almofada) de lava é explicada da seguinte maneira: durante a subida subaquática de lava, dá-se a consolidação rápida da sua superfície, formando-se uma verdadeira crosta, enquanto que o interior permanece no estado de fusão. Graças à fluidez da lava (que é sempre de natureza basáltica, no caso desta peculiar estrutura) e à pressão interna dos gases nela contidos, rompe-se a casca consolidada e novo bloco se forma, à maneira de um rebento que cresce à custa do preexistente já formado. Tais blocos, depois de consolidados, mostram-se com uma estrutura radial interna devido ao escape dos gases, que se dá em todas as direções.
Fonte: https://blacksmoker.wordpress.com/2019/07/02/lavas-em-almofada-em-serpa-alentejo/

 

Novo Modelo Interno da Terra agosto 5, 2019

Nota introdutória:

Este é um bom artigo para se discutir a natureza do conhecimento científico, a substituição de paradigmas, a natureza dos modelos interpretativos que tantas vezes são apresentados e defendidos como dogmas… a importância da sismologia como um método indireto e também a importância da imaginação nos cientistas!

 

Sismólogos descobrem enormes montanhas a 660 quilómetros abaixo da superfície da Terra

Embora a descoberta não suporte a teoria da terra oca, ela fornece alguns insights interessantes sobre a geologia e a história da Terra.
https://socientifica.com.br/wp-content/uploads/2019/02/190214153125-1-900x600-credit-kylemckernan-1550590497.jpg

Nas profundezas da superfície da Terra encontra-se uma paisagem inteira de montanhas possivelmente mais áspera e mais alta do que qualquer outra na superfície. Assim dizem os geofísicos de Princeton Jessica Irving e Wenbo Wu, que publicaram um estudo na semana passada na Science em colaboração com Sidao Ni do Instituto de Geodésia e Geofísica na China. Os pesquisadores usaram ondas sísmicas dispersas registadas durante um terremoto épico de magnitude 8,2 que atingiu a Bolívia em 1994 para mapear a topografia de uma camada limite de 660 quilómetros (410 milhas) “diretamente abaixo”.

Essa camada, chamada Zona de Transição, tem cerca de 155 milhas de espessura. Ele divide o manto da Terra em uma seção superior e inferior, revelando que o interior do nosso planeta é muito mais complexo do que o modelo de crosta-manto-núcleo que estamos acostumados. Irving e Wu descobriram que o topo da Zona de Transição, a cerca de 255 milhas de profundidade, é suave em sua maior parte e drasticamente diferente da aspereza em seu “limite de 660 km”, que é o que eles começaram a chamar por falta de um termo melhor.

Quanto maior e mais profundo o terremoto, melhor, diz Irving: “as ondas de choque que eles enviam em todas as direções podem viajar através do núcleo para o outro lado do planeta – e vice-versa.” Essa magnitude traz informações sobre o caminho que eles percorreram. Eles vão direto através de rochas que são homogéneas ou uniformes na composição e rebatem ou dobram em torno das bordas e limites de materiais heterogéneos ou conglomerados.

“É por isso que podemos ver esses objetos”, disse Wu . “As ondas espalhadas carregam a informação sobre a aspereza da superfície.” E o que eles foram capazes de “ver” parece tão complexo, variado e dramático quanto o que pode ser encontrado na superfície da Terra, com mudanças de elevação de dois quilómetros entre os níveis, áreas semelhantes a pisos oceânicos e cadeias montanhosas colossais.

Os pesquisadores usaram um banco de supercomputadores extremamente poderosos, incluindo o cluster Tiger, de Princeton, para simular o comportamento das ondas do terremoto boliviano. À medida que a sofisticação dos instrumentos sísmicos e da computação se desenvolver no futuro, os cientistas poderão adicionar mais detalhes ao mapa de fronteiras de 660 km. Mas há muitas questões a serem exploradas nesse meio tempo que foram debatidas por geocientistas durante anos.

Por exemplo: o calor percorre uniformemente o manto ou a Zona de Transição interrompe esse processo? O manto superior e inferior são quimicamente distintos e, em caso afirmativo, como funcionam os ciclos termodinâmicos separados? Wu, Irving e Ni acreditam que algumas respostas podem estar na nova paisagem subterrânea revelada. A topografia mais suave no piso da Zona de Transição pode indicar áreas onde o manto é bem misturado, enquanto as zonas montanhosas irregulares podem ser o resultado de uma interrupção ou bloqueio do ciclo de transferência de calor – o que o resumo chama de “circulação imperfeita” entre o manto superior e inferior ”.

O estudo também oferece insights sobre o que acontece com as placas do fundo do mar que são puxadas para as zonas de subducção e empurradas para baixo no manto. Algumas dessas placas poderiam ter atravessado o manto superior, talvez até o limite de 660 km ou mais.

Compreender mais sobre os remanescentes de tais placas tectónicas antigas e como elas impactaram a composição química do manto ajudará os sismólogos a entender como a Terra se formou, como ela muda com o tempo e como essas mudanças afetam a integridade e a longevidade de nosso planeta. É como se fossem os geofísicos do mundo real em Viagem ao Centro da Terra, de Júlio Verne, 155 anos depois. Estava na hora da ficção científica se tornar ciência. [Popular Mechanics]

 

Fonte: https://socientifica.com.br/2019/02/19/sismologos-descobrem-enormes-montanhas-a-660-quilometros-abaixo-da-superficie-da-terra/

 

 

 

 

 

agosto 2, 2019

Nota: A importância de todos os cidadãos serem pessoas esclarecidas sobre os riscos geológicos (no caso específico) é importantíssimo! Importante para que possam intervir de forma esclarecida nos debates em que podem participar, nas escolhas que fazem quando votam nas pessoas que gerem os dinheiros públicos (de cada um de nós), para que possam ser mais interventivos civicamente,….

Numa altura em que a Ocupação Antrópica sai dos programas de Biologia e Geologia que nunca deixemos de usar estes contextos para explorar os outros conteúdos programáticos!

Partilhado pelo Prof. João Mata

AEROPORTO do MONTIJO: Andamos a brincar com a sorte

-Investimento: 1000 milhões €
-Susceptibilidade sísmica: muito elevada
-Substrato: sedimentos não consolidados (areias) e saturados em água (lodos e argilas). Os sedimentos saturados em água têm um elevado poder de potenciação dos efeitos dos sismos (ver vídeo)
-Susceptibilidade a inundação por tsunami: elevada

ANDAMOS A BRINCAR COM A SORTE

VER TAMBÉM: https://earthquake.usgs.gov/hazards/urban/sfbay/soiltype/

 

A ter em conta:

https://participa.pt/pt/consulta/aeroporto-do-montijo-e-respetivas-acessibilidades?fbclid=IwAR1aVA9KsUTNFX1ZDi45ndT_tB8uBf3cjPLhoDGjb-ApflqNww8W2jsfLBU

Nenhuma descrição de foto disponível.
imagem adaptada de relatório síntese do Estudo de impacto ambiental do aeroporto do Montijo.
Nenhuma descrição de foto disponível.
 

Paleomagnetismo julho 22, 2019

“Fossilização” e importância do Campo Magnético

Você possivelmente já sabe que a Terra possui um campo magnético, que funciona como um ímã e possibilita que as bússolas apontem para o Norte, o qual chamamos de Norte Magnético. Mas e se eu te disser que este Norte magnético está sempre em movimento e em determinados momentos da Terra já esteve onde hoje chamamos de Sul? E que isso fica registrado em nosso planeta através de rochas? Esse é o tema do artigo de hoje: paleomagnetismo.

Introdução

Campo magnético é a concentração de magnetismo em torno de uma carga magnética. Assim como um ímã, a Terra possui dois pólos (Norte e Sul), que existem por conta das correntes de convecção muito rápidas do núcleo externo, que é composto por Fe, um ótimo condutor elétrico. Esses fatores justificam o fato do manto não ser capaz de gerar o campo magnético, pois o mesmo possui maior teor silicático e menor velocidade de convecção.
O estudo paleomagnético evidenciou que o campo sofreu inversões ao longo da história terrestre. Como tais fatos foram percebidos e quais áreas da ciência são interessadas no assunto?
Representação didática do campo magnético (https://www.todamateria.com.br/campo-magnetico/)

Como ocorre o registo

Com o passar do tempo, os pólos magnéticos da Terra mudam de posição e isso pode ficar registado em rochas (nos 3 tipos: sedimentar, ígnea e metamórfica) por conta da suscetibilidade de metais de se orientar de acordo com a direção norte-sul, como as agulhas da bússola, enquanto a rocha está sendo formada.
Sedimentos decantados de acordo com o CM
(“A evolução geológica da Terra e a fragilidade da vida”)
-Rochas Sedimentares
No caso das rochas sedimentares, é possível a “fossilização” da orientação graças a minerais como magnetite (Fe3O4), hematite(Fe2O3) e ilmenite (FeTiO3), como na figura ao lado.
Minerais suscetíveis ao magnetismo em suspensão são decantados no fundo de bacias sedimentares, direcionando-se segundo o campo magnético de momento e, após a litificação, tem-se pequenos grãos orientados, “fósseis” do posicionamento que o “ímã” da Terra já obteve.
É possível que uma mesma formação litológica sedimentar apresente vários registos paleomagnéticos através de sua estratificação.
-Rochas ígneas
Em contrapartida, rochas magmáticas possuem Fe em fusão, uma vez que o magma composto pelo metal atinge temperaturas próximas ou até superiores a 1000°C. A partir do momento que o mesmo se aproxima dos 500°C, os minerais começam a ser magnetizados, por causa da chegada ao que chamamos de ponto Curie, temperatura na qual o material ferromagnético ou ímã perde suas propriedades magnéticas, ou seja, abaixo dele (que será alcançado com a diminuição da temperatura) ocorre o contrário.
-Rochas Metamórficas
No caso de rochas metamórficas de temperatura (também chamadas de termometamóficas), a temperatura precisa se aproximar do ponto Curie para que os minerais possam se reorientar de acordo com o campo magnético então atual para depois novamente resfriar e deixar registrado.

Para o que o geocientista deve se atentar

Na análise da orientação dos minerais nas rochas é importante que haja um estudo sobre eventos tectónicos que possam ter mudado a posição da formação, para que se possa ter maior noção do posicionamento original da rocha.
Tem de ser feita também a datação da rocha para que se saiba quando o planeta assumiu a orientação identificada.

Inversão do campo

Com os estudos do paleomagnetismo terrestre, chegou-se à estimativa de, no mínimo, 170 inversões no posicionamento do campo magnético da Terra que datam desde 200 milhões de anos atrás. Ainda não se tem certeza do que pode causar essa inversão, mas testes em laboratório evidenciaram que uma diminuição da intensidade do campo a precede, algo que deixaria a Terra desprotegida do chamado “vento solar” (partículas enviadas pelo sol carregadas de eletromagnetismo), o que teria consequências significativas em como vivemos e em hábitos comuns do reino animal, como a migração.
Campo Magnético Terrestre barrando Tempestade Solar. (https://www.galeriadometeorito.com/2016/05/o-campo-magnetico-da-terra-esta-mudando.html)

Conclusão

O estudo da variação posicional do campo magnético é muito importante no entendimento do funcionamento da dinâmica interna da Terra, uma vez que a sismologia não é muito eficiente na análise do núcleo externo por sua característica líquida. Além disso, pode nos auxiliar a prever consequências de mudanças de orientação e quando as mesmas podem ocorrer. Até mesmo biólogos podem ter interesse no assunto, uma vez que se acredita que diversos animais, desde pequenas borboletas a grandes pássaros, migram seguindo uma “bússola” natural. A física também é contemplada, já que o magnetismo é uma de suas áreas. A constante mudança de posição do Norte Magnético é também estudada para projeções anuais registadas em mapas de campo. Por fim, notam-se as vastas áreas que envolvem, de alguma forma, o campo magnético da Terra e suas movimentações, evidenciando sua importância.

Referências:

SUGUIO, Kenitiro. SUZUKI, Uko. A Evolução Geológica da Terra e a Fragilidade da Vida. 2edição

PRESS. SIEVER. GROTZINGER. JORDAN. Para Entender A Terra. 4a edição

 

Caixa de deformação julho 13, 2019