http://www.glencoe.com/sites/common_assets/science/virtual_labs/LS09/LS09.html
Porque é que muitas palmeiras estão a morrer? novembro 2, 2015
Uma praga que já começa a ser bem conhecida no território português é o escaravelho-vermelho-das-palmeiras (Rhynchophorus ferrugineus), originário das zonas tropicais da Ásia e da Oceania. Desde 2007, quando foi detectado no Algarve, este escaravelho tem causado muitos danos em palmeiras do nosso país, levando a que centenas de palmeiras fiquem doentes e tenham que ser abatidas. A Palmeira-das-Canárias (Phoenix canariensis) e a Palmeira-tamareira (P. dactylifera) são especialmente susceptíveis, mas vários géneros de palmeiras são susceptíveis (Arenga, Areca, Brahea, Butia, Borassus, Calamus, Chamaerops, Cocos, Corypha, Caryota, Elaeis, Howea, Jubaea, Metroxylon, Oreodoxa, Phoenix, Roystonea, Sabal, Syagrus,Trachycarpus, Trithrinax, Washingtonia, e ainda outros géneros não pertencentes à familía Arecaceae; Agave (A. americana), Aloe (A. vera), Sacharum (S. officinarum, cana de açucar) e outros podem tornar-se susceptíveis (Naturlink). Actualmente já se encontra desde o Algarve até ao Norte do país.
O problema, porém, é que, cerca de sete anos passados após a detecção da praga no país, o escaravelho vermelho (Rhynchophorus ferrugineus) aprendeu a resistir aos químicos utilizados nos tratamentos. Por outro lado, os custos associados aos tratamentos, que atingem os 600 euros anuais, também demovem muitos proprietários de os realizar.
in http://invasoras.pt/porque-e-que-muitas-palmeiras-estao-morrer/
Ver também dados sobre o escaravelho em http://www.cabi.org/isc/datasheet/47472
Xenofióforos outubro 23, 2015
Seres vivos super estranhos!
Uma expedição parcialmente financiada pela NASA encontrou organismos unicelulares gigantes no fundo do mar.
Os pesquisadores americanos vasculharam a Fossa das Marianas, o local mais fundo dos nossos oceanos (11.034 metros de profundidade), no oeste do Pacífico, e descobriram que ela abriga organismos unicelulares de mais de 10 centímetros de comprimento.
Protegido: Biodiversidade- ameaças e formas de conservação ( a senha é a que vos dei ;) ) outubro 10, 2015
Biosfera_cmap
[Cria os TEUS mapas! Este, tal como todos os outros que aqui disponibilizo, apenas serve de mera referência, nem tão pouco como ponto de partida.]
Biodiversidade em perigo. outubro 4, 2015
N.B.- Podes acompanhar a visualização dos vídeos ativando as legendas clicando no ícone (1) que aparecerá sublinhado a vermelho e depois no outro ícone (2) selecionando “traduzir”, em “português”.
1.- Indica o que pode motivar o transporte de seres vivos para locais longe do seu local de origem.
2.- Refere de que formas podem alguns seres vivos serem transportados de modo não intencional.
3.- Justifica a importância que têm as colecções de seres vivos de antigos naturalistas.
4.- Comenta a seguinte afirmação: Atrás de uma espécie exótica há outras à boleia que invadem o território de espécies nativas.
5.- Enumera as condições que se reúnem para transformar uma espécie exótica numa espécie invasora.
6.- Esclarece porque são as medusas um exemplo de espécie invasora.
1.- Indica a que níveis podemos intervir para proteger a biodiversidade.
2.- Enumera, algumas áreas de intervenção, a nível local.
3.- Justifica a importância de se fazerem estudos controlados de espécies potencialmente invasoras em contexto laboratorial.
4.- Justifica a utilização de imagens de satélite na Educação Ambiental.
5.- Procura argumentos que permitam validar a seguinte afirmação. ” A zona do Boco, em Vagos, pode ser considerada um HOTSPOT de biodiversidade”.
1.- Refere, de forma sintética, qual foi a previsão de Thomas Malthus para o crescimento populacional humano.
2.- Enumera diferentes formas como temos, a nível local, contribuído para a diminuição da biodiversidade.
2.1.- Explica de que forma a utilização de hormonas sintéticas pode afetar toda uma teia alimentar.
3.- Elabora outras questões que possam ser respondidas após visualização do vídeo.
Carpa “saltadora”
Investiga porque razão esta espécie não é desejada nos locais onde são feitas as filmagens.
Duas hipóteses conciliáveis outubro 2, 2015
Um meteorito e muitos vulcões, combinação mortal para os dinossauros
ANA GERSCHENFELD 02/10/2015 – 08:30
O debate sobre a causa da extinção em massa da vida na Terra, há 66 milhões de anos, dura há décadas. Agora, novos resultados podem permitir reconciliar as duas explicações rivais.
Representação artística de um impacto na Terra capaz de causar uma extinção em massaDON DAVIS/NASA
Hoje em dia, o cenário mais geralmente aceite para explicar o desaparecimento dos dinossauros, há 66 milhões de anos, é que um asteróide – ou um cometa –, embateu no nosso planeta, criando a enorme cratera de Chicxulub, no Iucatão (México) e mergulhando a Terra numa densa nuvem de poeiras – um “inverno” global que exterminou árvores, plantas, animais.
Porém, há também quem proponha um outro cenário, argumentando que terá sido a actividade vulcânica intensa, também patente naquele período, a responsável pelo cataclismo ecológico. Para os defensores desta explicação alternativa, os materiais e os gases expelidos pelos vulcões terão sido, por si só, suficientes para bloquear a luz do sol à escala planetária durante muito tempo.
O debate dura há 35 anos, mas agora, uma equipa internacional que inclui especialistas dos EUA e da Índia apresentou novos dados que sugerem que, na realidade, foi o conjunto desses dois eventos globais que esteve na origem da extinção de pelo menos 75% das espécies terrestres e marinhas que existiam na altura. Os seus resultados foram publicados esta quinta-feira na revista Science.
Os cientistas, liderados por Paul Renne, da Universidade da Califórnia (EUA), realizaram novas datações das camadas de lava solidificada de uma das maiores regiões vulcânicas do mundo: o Planalto do Decão, a leste de Bombaim, na Índia. Já se sabia que esses fluxos de lava se formaram há cerca de 66 milhões de anos, mas os novos resultados, os mais precisos de sempre segundo os autores, permitem concluir que essas estruturas se formaram, à escala geológica, quase logo a seguir ao impacto do bólide que caiu em Chicxulub.
“Com base na nossa datação das lavas, podemos afirmar com bastante certeza que o vulcanismo [se intensificou] num intervalo de 50.000 anos após o impacto”, explica Renne em comunicado da sua universidade. “Portanto, torna-se um pouco artificial separá-los enquanto mecanismos mortíferos: os dois fenómenos estiveram claramente em acção em simultâneo.” Portanto, para este especialista, “uma vez que ambos ocorreram ao mesmo tempo, vai ser essencialmente impossível atribuir os efeitos atmosféricos que se seguiram a um desses eventos isoladamente.”
Uma das hipóteses que os autores propõem consiste em dizer que o impacto provocou uma mudança no “sistema de canalização” dos vulcões do Planalto do Decão, induzindo mudanças radicais no seu padrão eruptivo. Antes do impacto, os “vulcões andavam alegremente a cuspir em contínuo, com calma e relativa lentidão”, diz Renne. Mas a seguir, esse regime mudou, passando a haver erupções mais episódicas mas cuja velocidade de ejecção mais do que duplicou. Para o cientista, isto pode ser explicado pelo surto de actividade sísmica que o impacto terá gerado em todo o planeta e que fez aumentar o tamanho das câmaras magmáticas. Daí que elas tenham passado a demorar mais a encher-se e a explodir, mas que, ao explodirem, tenham cuspido quantidades de lava muito maiores e a maior velocidade.
Uma outra peça que parece bater certo com as observações, explica ainda Renne, é que esse “vulcanismo acelerado” durou cerca de 500.000 anos – ou seja, precisamente o tempo que “a biodiversidade e a química dos oceanos demoraram a recuperar realmente” da extinção.
“Na altura da extinção [que corresponde a uma camada identificável nos sedimentos geológicos], vemos mudanças radicais naquele sistema vulcânico, tanto em termos do ritmo das erupções como da sua dimensão, do volume das ejecções e em certa medida da composição química do material expelido”, explica ainda Renne. “Os nossos dados não provam conclusivamente que foi o impacto [do meteorito] que provocou estas mudanças, mas a ligação entre os dois fenómenos parece cada vez mais clara.”
O co-autor Mark Richards, da mesma universidade – e o cientista que inicialmente propôs a ideia de o vulcanismo do Planalto do Decão ter sido “reacendido” pelo impacto de um asteróide ou cometa –, não tem elementos para afirmar qual dos dois eventos terá constituído a verdadeira sentença de morte para grande parte da vida na Terra. Mas “se as nossas datações de alta precisão continuarem a aproximar cada vez mais os três acontecimentos – o impacto, a extinção e o grande pico de vulcanismo –, as pessoas vão ter de aceitar a possibilidade de estarem ligados”, salienta. Seja como for, conclui, “o cenário que estamos a propor – que o impacto desencadeou o vulcanismo – reconcilia de facto o que até agora parecia ser uma inimaginável coincidência”.
Artigo publicitado pelo Prof.Dr. Carlos Marques da Silva no FB.
Extinção/ Conservação setembro 29, 2014
conservação e ameaças BIODIVERSIDADE_Projeto final
Sugestões de trabalho:
Completa o mapa de conceitos com a informação do artigo que se segue/ elabora um mapa de conceitos novo atendendo à informação do artigo que se segue.
Temos boas estratégias contra a perda da biodiversidade?
Liana John – 07/10/2014 às 18:12
Há 4 anos atrás, em 2010, o quarto super relatório Global Biodiversity Outlook – GBO4– começou a ser preparado. Foram dezenas e dezenas de contribuições de técnicos governamentais, organizações não governamentais e pesquisadores, em reuniões mais reuniões e encontros de especialistas até seu lançamento público, na abertura da 12ª Convenção das Partes da Convenção de Diversidade Biológica (COP12 da Biodiversidade), nesta segunda feira, na Coreia do Sul. E tudo isso para quê?
Bom, a maioria de nós tem uma vaga ideia sobre a importância da biodiversidade e sua conexão com o desenvolvimento sustentável, mas nem todos sabemos o quanto somos biodependentes. Quer dizer, não dependemos da biodiversidade apenas para obter biotecnologias de vanguarda, mas também para garantir nossas necessidades corriqueiras, como comer, beber, acender a luz, ter opções para vestir, passar na pele, curar doenças, combater pragas, garantir conforto térmico e muitos etc por aí afora (é disso que falo no blog Biodiversa, também aqui no site do Planeta Sustentável).
Pois é, para continuar a ter todas essas coisas das quais dependemos para nosso bem viver, devemos conservar a biodiversidade. E para desenhar estratégias de conservação da biodiversidade precisamos saber onde estamos e para onde vamos. É disso que trata o GBO4: de fazer um retrato de “onde estamos”, em termos de perda da biodiversidade, mirando o “para onde vamos”, com nossas iniciativas para sua conservação e os inevitáveis ajustes de rotas. Isso, acrescido de todas as complexidades envolvidas na coordenação dos esforços de 194 países signatários da Convenção de Diversidade Biológica (CDB), claro!
O super relatório GBO4 é parte do Plano Estratégico para a Biodiversidade 2011-2020. Como tal, deixa claro que as ações mais bem sucedidas são aquelas que atacam as várias causas da perda da biodiversidade, simultaneamente. Quase todos os países signatários estão fazendo suas “lições de casa”, retratadas nos relatórios nacionais, e muitos já têm bons resultados ao demonstrar a conexão entre economia e conservação. Ainda falta alterar as políticas de incentivos e integrar os valores da biodiversidade em muitos setores produtivos. Mas começam a aparecer indicadores, confirmando que este é um caminho certo a percorrer. A redução do desmatamento alcançada nos últimos anos, por exemplo, já se traduz em um ganho anual quantificado em US$ 183 bilhões, em serviços ambientais. E este é um quesito no qual o Brasil se destacou positivamente no cenário mundial (embora a tendência de queda nas taxas de desmatamento não seja tão estável quanto gostaríamos).
O uso mais eficiente dos recursos naturais é significativo, tanto em países desenvolvidos como em desenvolvimento. A poluição por excesso de nutrientes estabilizou-se em diversas regiões da Europa e América do Norte e cresceu o número de áreas com agricultura, pesca e manejos florestais sustentáveis e certificados, sobretudo nas zonas boreais e temperadas. Porém, ainda preocupa o aumento do consumo em termos absolutos, seja pelo aumento populacional, seja pela melhoria do acesso a bens de consumo. E a biodiversidade continuará sofrendo perdas irreparáveis enquanto não mudarmos os padrões de consumo e não reduzirmos os desperdícios.
As boas práticas existem, estão sendo registradas. Há modelos inovadores de gestão deáreas protegidas, inclusive com o envolvimento de culturas tradicionais e comunidades locais. O combate a espécies invasoras já deu certo em algumas ilhas e áreas isoladas. Experiências de proteção e restauração ambiental se multiplicam em diferentesecossistemas, provando ser economicamente viáveis e até rentáveis. O que falta é escala, um problema que as forças no sentido inverso – da degradação e do consumo predatório – infelizmente não têm.
Em resumo, temos, sim, boas estratégias para frear a perda da biodiversidade; para tornar nossa biodependência conhecida; para aumentar nossa eficiência e reverter os danos das espécies invasoras, da poluição, da fragmentação e das atividades prejudiciais. Mas nos faltam tempo e recursos financeiros para generalizar a adoção dessas estratégias.
Por isso é vital transformar o super relatório GBO4 em um guia para orientar ações, em lugar de colocá-lo em alguma gaveta ou para enfeitar uma prateleira qualquer. Por isso ele foi lançado no primeiro dia da COP12 e – esperamos – será lido, usado, emprestado, distribuído, reproduzido e, sobretudo, será posto em prática. Por todos nós. Só assim teremos chances reais de reduzir a fome e a pobreza; melhorar a saúde humana; assegurar estoques sustentáveis de energia, alimentos e água potável e incorporar a biodiversidade às metas de desenvolvimento sustentável.
Foto: Andreas Kay/Creative Commons/Flickr
Fonte: http://planetasustentavel.abril.com.br/blog/cop-da-biodiversidade/temos-boas-estrategias-contra-a-perda-da-biodiversidade/utm_source=redesabril_psustentavel&utm_medium=facebook&utm_campaign=redesabril_psustentavel_copdabiodiversidade