Células do siso conseguem regenerar tecidos dezembro 9, 2012
Nobel da Medicina atribuído a um britânico e a um japonês dezembro 3, 2012
Gurdon, de 79 anos, descobriu nos anos 1960 que a especialização das células é reversível. Quatro décadas depois, Yamanaka, de 50 anos, analisou células maduras intactas de ratos e descobriu que elas podem ser reprogramadas para se tornarem “células estaminais”, capazes de formar qualquer tecido.
“Livros didáticos foram reescritos e novas áreas de pesquisa foram estabelecidas. Por reprogramação de células humanas, os cientistas criaram novas oportunidades para estudar doenças e desenvolver métodos de diagnóstico e terapia”, diz o comunicado do comité do Prémio Nobel.
Células toti, pluri e multipotentes novembro 27, 2012
Colheita e cultura de células totipotentes
Explora a animação clicando… AQUI (http://www.sumanasinc.com/webcontent/animations/content/stemcells.html)
As células-tronco são células especiais, presentes no organismo desde o momento inicial de sua formação. Elas possuem duas propriedades fundamentais, que as define: são capazes de gerar novas células-tronco, idênticas à célula de origem, num processo chamado de autorrenovação; e são capazes de se especializar em células de diferentes tecidos maduros, num processo chamado de diferenciação.
Existem vários tipos de células-tronco e, de acordo com sua capacidade de diferenciação, podem ser classificadas como células totipotentes, pluripotentes ou multipotentes.
As células totipotentes são as que têm a maior capacidade de diferenciação. Elas podem dar origem a todos os tipos celulares de um organismo, incluindo tecidos extraembrionários, importantes para o desenvolvimento da placenta. São, portanto, capazes de gerar um indivíduo pleno. O zigoto (célula formada pela união do óvulo com o espermatozóide) é o maior exemplo de célula totipotente.
As células pluripotentes, por sua vez, também possuem um grande potencial de diferenciação e podem originar todos os tipos celulares de um organismo adulto. No entanto, não são capazes de formar os tecidos extraembrionários e, assim, quando isoladas, não suportam o desenvolvimento de um indivíduo. As células-tronco embrionárias, que têm despertado muito interesse e discussões na sociedade, são células pluripotentes. Atualmente, também é possível gerar células pluripotentes a partir de células especializadas da pele, por exemplo, através de um processo chamado de reprogramação celular. Essa células geradas por reprogramação são conhecidas como iPS, da sigla em inglês que significa célula-tronco de pluripotência induzida.
Já as células multipotentes possuem uma capacidade de diferenciação mais limitada e só formam tipos celulares presentes no mesmo tecido de sua origem. As células multipotentes também são chamadas de células-tronco adultas e estão presentes no organismo a partir do feto até o indivíduo adulto. As células-tronco do cordão umbilical, da medula óssea, do fígado, do cérebro e de outros tecidos maduros são exemplos de células multipotentes. Essas células são importantes para a manutenção natural que ocorre em nossos tecidos e têm sido muito utilizadas em diversos tipos de ensaios clínicos.
Por conta de suas propriedades, existe um grande interesse no uso das células-tronco para terapias celulares (terapias que usam células para repor ou reparar um tecido lesado ou degenerado). Nesse campo de pesquisa, há um grande número de testes sendo feitos no Brasil e no mundo, para várias doenças, principalmente com células-tronco adultas. Como mencionado anteriormente, as células multipotentes não tem uma grande capacidade de diferenciação, então não podem repor células de qualquer tecido, mas sabemos que elas podem liberar moléculas importantes para a sobrevivência das células de tecidos inflamados ou em degeneração. Isso faz com que tenham uma grande aplicação clínica.