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Células do siso conseguem regenerar tecidos dezembro 9, 2012

Filed under: Acontece,BIOLOGIA,BIOLOGIA- 11.º ANO,Biotecnologia — alemdasaulas @ 12:33
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(A notícia que foi publicada na Quinta-feira, 29 de Novembro de 2012 e “calhou” no teste! 😉
Uma célula estaminal pluripotente extraída da polpa dentária do terceiro molar – mais conhecido por dente do siso – é capaz de regenerar tecidos ósseos, hepáticos e nervosos. A conclusão é de um grupo de investigadores de uma universidade espanhola, que conseguiu isolar a célula em questão.
A equipa liderada pelo médico Maher Atari, da Faculdade de Odontologia da Universidade Internacional da Catalunha, isolou a célula em pacientes com idades entre os 14 e os 60 anos.
Desta forma, o grupo demonstrou, “in vitro”, a capacidade da célula estaminal pluripotente, célula que está na origem de todos os tipos de células, extraída da polpa dentária, isto é, da estrutura interna do dente, tem propriedades renegeradoras para os tecidos ósseos, hepáticos e nervosos.
Segundo a agência Efe, os especialistas usaram o terceiro molar na investigação porque este é o último dente a desenvolver-se nos adultos e é capaz de proporcionar uma quantidade ótima de tecido pulpar para o isolamento das células estaminais adultas pluripotentes.
Em comunicado, os investigadores explicam que a descoberta é de principal importância porque, no caso de haver transplante de células adultas, visto que estas são extraídas do próprio indivíduo que vai receber o tratamentno, não há perigo de rejeição nem impedimentos éticos. “Por este motivo, o terceiro molar não é apenas um dente, mas um órgão em si mesmo”, salientam.
A investigação, publicada na revista Journal of Cell Science, concluiu ainda que as células estaminais pluripotentes estão sempre presentes na polpa dentária, pelo que podem ser isoladas independentemente da sua idade.
Publicado em: http://www.boasnoticias.pt/noticias_C%C3%A9lulas-do-siso-conseguem-regenerar-tecidos-_13611.html  e publicitado pelo Biocas.
 

Nobel da Medicina atribuído a um britânico e a um japonês dezembro 3, 2012

 

Gurdon, de 79 anos, descobriu nos anos 1960 que a especialização das células é reversível. Quatro décadas depois, Yamanaka, de 50 anos, analisou células maduras intactas de ratos e descobriu que elas podem ser reprogramadas para se tornarem “células estaminais”, capazes de formar qualquer tecido.

“Livros didáticos foram reescritos e novas áreas de pesquisa foram estabelecidas. Por reprogramação de células humanas, os cientistas criaram novas oportunidades para estudar doenças e desenvolver métodos de diagnóstico e terapia”, diz o comunicado do comité do Prémio Nobel.

 

Células toti, pluri e multipotentes novembro 27, 2012

Colheita e cultura de células totipotentes

Explora a animação clicando…  AQUI (http://www.sumanasinc.com/webcontent/animations/content/stemcells.html)

As células-tronco são células especiais, presentes no organismo desde o momento inicial de sua formação. Elas possuem duas propriedades fundamentais, que as define: são capazes de gerar novas células-tronco, idênticas à célula de origem, num processo chamado de autorrenovação; e são capazes de se especializar em células de diferentes tecidos maduros, num processo chamado de diferenciação.

Existem vários tipos de células-tronco e, de acordo com sua capacidade de diferenciação, podem ser classificadas como células totipotentes, pluripotentes ou multipotentes.
As células totipotentes são as que têm a maior capacidade de diferenciação. Elas podem dar origem a todos os tipos celulares de um organismo, incluindo tecidos extraembrionários, importantes para o desenvolvimento da placenta. São, portanto, capazes de gerar um indivíduo pleno. O zigoto (célula formada pela união do óvulo com o espermatozóide) é o maior exemplo de célula totipotente.

As células pluripotentes, por sua vez, também possuem um grande potencial de diferenciação e podem originar todos os tipos celulares de um organismo adulto. No entanto, não são capazes de formar os tecidos extraembrionários e, assim, quando isoladas, não suportam o desenvolvimento de um indivíduo. As células-tronco embrionárias, que têm despertado muito interesse e discussões na sociedade, são células pluripotentes. Atualmente, também é possível gerar células pluripotentes a partir de células especializadas da pele, por exemplo, através de um processo chamado de reprogramação celular. Essa células geradas por reprogramação são conhecidas como iPS, da sigla em inglês que significa célula-tronco de pluripotência induzida.

Já as células multipotentes possuem uma capacidade de diferenciação mais limitada e só formam tipos celulares presentes no mesmo tecido de sua origem. As células multipotentes também são chamadas de células-tronco adultas e estão presentes no organismo a partir do feto até o indivíduo adulto. As células-tronco do cordão umbilical, da medula óssea, do fígado, do cérebro e de outros tecidos maduros são exemplos de células multipotentes. Essas células são importantes para a manutenção natural que ocorre em nossos tecidos e têm sido muito utilizadas em diversos tipos de ensaios clínicos.

Por conta de suas propriedades, existe um grande interesse no uso das células-tronco para terapias celulares (terapias que usam células para repor ou reparar um tecido lesado ou degenerado). Nesse campo de pesquisa, há um grande número de testes sendo feitos no Brasil e no mundo, para várias doenças, principalmente com células-tronco adultas. Como mencionado anteriormente, as células multipotentes não tem uma grande capacidade de diferenciação, então não podem repor células de qualquer tecido, mas sabemos que elas podem liberar moléculas importantes para a sobrevivência das células de tecidos inflamados ou em degeneração. Isso faz com que tenham uma grande aplicação clínica.