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Isto é uma espécie de portofolio ;P

Fósseis índice abril 8, 2020

fosseis de idade

Fica o exemplo do esquema que fiz aquando da leitura da informação aqui partilhada. Mas tu… faz o teu! Podes, como sabes, usar diversos programas já partilhados. Podes acrescentar outro tipo de informação gráfica e aquilo que vulgarmente chamo de “hiperligações” para outros esquemas organizadores/ mapas de conceitos!

Fonte: https://webpages.ciencias.ulisboa.pt/~cmsilva/Paleotemas/Fossilindex/Fossilindex.htm

Em sentido estrito, a expressão fóssil índice é usada em Estratigrafia para designar fósseis de grupos taxonómicos (normalmente de categoria género ou espécie) com base nos quais são definidas biozonas, para datação relativa dos estratos geológicos.

De um modo mais lato, informal, a expressão fóssil índice (ou fóssil de idade, fóssil característico ou fóssil estratigráfico) é muitas vezes utilizada para designar genericamente os fósseis de grupos taxonómicos que permitem datações relativas mais finas, mais detalhadas, ou que permitem identificar determinado intervalo biostratigráfico, em concreto.

O que é uma biozona?

Uma biozona (uma unidade biostratigráfica) é um corpo rochoso (por exemplo, um conjunto de estratos geológicos) definindo ou caracterizado estratigráfica e geograficamente com base no seu conteúdo fossilífero. Existem vários tipos de biozonas (de extensão, de associação, de intervalo, de abundância, de linhagem), todos eles definidos com base em fósseis.  

Cada biozona, em concreto, é definida de acordo com a especificidade do registo fóssil correspondente (biozonas de amonites, de trilobites, de corais, de gastrópodes, etc.), dos objectivos do estudo e da experiência e perspectiva de investigação dos estratígrafos envolvidos na sua definição.  

Uma biozona pode ser definida com base na ocorrência dos fósseis de um táxone específico (biozona de extensão), pelo intervalo entre o aparecimento de um dado táxone e o desaparecimento de outro (biozona de intervalo) ou ser caracterizada pela ocorrência de uma determinada associação fossilífera (biozona de associação), etc. O nome de cada biozona é dado com base no táxone (normalmente de categoria género ou espécie) que define ou que melhor caracteriza essa mesma biozona. 

.BIOZONA

 

 

Que fósseis são bons fósseis índice?

Na Natureza, não há “fósseis bons” e “fósseis maus”. Estabelecer uma divisão rígida entre fósseis que são indicadores de idade e fósseis que são inúteis para datação é um procedimento artificial e totalmente desprovido de fundamento. Todos os fósseis encerram algum tipo de informação estratigráfica, temporal, e como tal os fósseis de qualquer grupo taxonómico, em circunstâncias propícias, podem desempenhar o papel de fóssil índice.

Contudo, os fósseis que mais frequentemente são usados para a resolução de questões biostratigráficas, para a caracterização de biozonas e para datação relativa fina, são aqueles que mais se aproximam das seguintes características ideais:

1 – Ter distribuição estratigráfica tão estreita quanto possível.

Quanto mais curta for a distribuição estratigráfica (na vertical, ao longo das sequências de estratos geológicos) dos fósseis de um dado táxone (ou grupo biológico), mais úteis esses fósseis serão para a caracterização de intervalos estratigráficos finos. Quanto mais finos os intervalos estratigráficos definidos, mais detalhado será o seu posicionamento relativo (i.e., a sua datação relativa).

2 – Ter distribuição geográfica tão ampla quanto possível.

A correlação estratigráfica entre camadas geológicas de áreas geográficas distintas é feita com base na comparação das associações fossilíferas, dos fósseis, presentes nessas mesmas camadas. Quanto mais ampla a distribuição geográfica dos fósseis de um dado táxone, mais ampla a área geográfica em que a correlação estratigráfica com base neles será possível. 

3 – Existir em grande quantidade.

Para levar a cabo a correlação estratigráfica entre camadas geológicas localizadas em áreas distintas é necessário ter associações de fósseis (para comparar). Quanto mais abundantes forem os fósseis de um dado táxone (ou grupo biológico), mais fácil será encontrá-los e mais fácil será estabelecer a correlação.

4 – Apresentar características morfológicas distintivas.

Para usar os fósseis de um determinado táxone para datação relativa fina é necessário identificar esse fóssil até ao nível da espécie ou do género. Se os fósseis não apresentarem características morfológicas que os permitam distinguir de outros fósseis similares (correspondentes a grupos biológicos afins), então a sua identificação será pouco precisa e, consequentemente, a sua utilidade como indicador de idade diminuirá.

Grupos de fósseis úteis biostratigraficamente

Em diferentes intervalos estratigráficos e em diferentes contextos geológicos (em fácies distintas), os fósseis mais úteis do ponto de vista biostratigráfico, ou seja, os que mais se aproximam do ideal acima enunciado, podem corresponder a grupos biológicos distintos.

mACRO E MICROFOSSEIS

 Eis alguns exemplos:

Trilobites (artrópodes marinhos) – Muito úteis para a biostratigrafia de estratos geológicos marinhos do Paleozóico, especialmente do Câmbrico-Ordovícico e, localmente, do Carbonífero.

Amonites (moluscos cefalópodes) – Muito úteis para a biostratigrafia de camadas geológicas marinhas do Mesozóico, especialmente do Jurássico e do Cretácico.

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Fósseis de alguns dos grupos mais usualmente utilizados em biostratigrafia zonal.

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Plantas pteridófilas (fetos e afins) – Muito úteis para a biostratigrafia de camadas geológicas carboníferas do Paleozóico, do Carbónico e do Pérmico.

Foraminíferos planctónicos (protozoários) – Muito úteis para a biostratigrafia de estratos geológicos marinhos do Cenozóico. Os fósseis dos foraminíferos – de muito pequenas dimensões – são estudados no âmbito da  Micropaleontologia.

Braquiópodes (Filo Brachiopoda) – Muito úteis para a biostratigrafia de estratos geológicos marinhos do Paleozóico.

Rudistas (moluscos bivalves) – Muito úteis para a biostratigrafia de camadas geológicas marinhas correspondendo a plataformas carbonatadas do Mesozóico, em particular do Cretácico.

 

Conceito de Fóssil 1.º 2 .º V abril 7, 2020

Filed under: G_PALEONTOLOGIA — alemdasaulas @ 17:26
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Aproveitem e explorem esta generosa e excelente partilha de um dos melhores Paleontólogos portugueses! Prof. Carlos Marques da Silva

Convém explorarem também esta publicação: https://wordpress.com/post/alemdasaulas.wordpress.com/6878

DURAÇÃO DO 1.º VÍDEO: 12 minutos

Questões orientadoras:

1.- Justifica a utilização de escalas relacionais em fotografias de geologia.

1.1.- Dá dois exemplos de objetos usados como escalas relacionais em fotos de geologia.

2.- Usando o conteúdo informativo do vídeo dá um exemplo de:

  • N– Representação de um organismo de um grupo extinto:
  • R- Rocha biogénica sem fósseis identificáveis:
  • S- Somatofóssil (parte do corpo do organismo fossilizada):
  • I– Icnofóssil (vestígios da atividade orgânica):

3.- Que exemplo é apresentado no vídeo que valida a seguinte afirmação: “Os fósseis são de informação biológica.”

3.1.- Usando o conteúdo informativo do vídeo dá outro exemplo.

2.1.- Indica os três critérios usados para a identificação de um fóssil.

4.- Transcreve a definição de fóssil que é apresentado no vídeo.

4.1.- Explica em que contexto pode a palavra fóssil ser usada como adjectivo e foge ao conceito enunciado.

DURAÇÃO DO 2.º VÍDEO: 14 minutos

Questões orientadoras:

1.- Indica os 3 critérios a ter em conta na definição de um fóssil.

2.- Esclarece algumas dificuldades que se podem colocar relativamente a:

a) algumas rochas de natureza biogénica.

b) a corpos ou artefactos humanos.

 

Fossilização, fósseis… abril 16, 2018

Volto a publicar …
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Fóssil março 13, 2015

Filed under: Uncategorized — alemdasaulas @ 19:36
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Fóssil (substantivo masculino): Todo e qualquer vestígio identificável, corpóreo ou de actividade orgânica, de organismos do passado, conservado em contextos geológicos, isto é, nas rochas ou mesmo em outros fósseis (do latim fossile < fossu, cavado, retirado do chão cavando).

N.B.- Não há limites cronológicos, temporais, mínimos para os fósseis. Um objecto biológico não se torna um fóssil apenas depois de um determinado número de milhares ou de milhões de anos enterrado… Não é a duração do enterramento que define o fóssil, mas sim a sua génese e o seu contexto presente. Se se trata de um objecto com origem biológica identificável (um dente, uma folha, uma pegada, um osso, etc.) e está, ou esteve, inserido num contexto geológico (enterrado em areia, petrificado, inserido numa rocha ou incluído no gelo de um glaciar, em âmbar ou em asfalto, etc.), então é um fóssil, independentemente do tempo decorrido desde o seu enterramento.

Por exemplo, neste preciso momento, em ambientes marinhos de pequena profundidade, ao longo de toda a costa portuguesa, estão a ser enterrados vestígios orgânicos (conchas, carapaças, etc.) por processos de geodinâmica externa. Ou seja, estão a formar-se os fósseis que daqui a uma dezena de milhões de anos terão 10 Ma de idade. Presentemente, esses vestígios fossilizados são extremamente recentes, têm muito pouco tempo de idade, mas o facto de serem restos orgânicos enterrados num contexto geológico torna-os, inequivocamente, fósseis. É a conjugação de duas realidades distintas, a biológica e a geológica, que define o fóssil. – ESTE ASPECTO não costuma ser discutido, mas deveria.

F1          f2

(…)

Tipos de fósseis

Somatofóssil: Fóssil de restos somáticos (isto é, do corpo) de organismos do passado. 

Por exemplo, são somatofósseis os fósseis (mineralizações, incarbonizações ou moldes) de dentes, de carapaças, de folhas, de conchas, de troncos, de ossos,… ou o corpo inteiro em casos excepcionais;

Icnofóssil: Fóssil de vestígios de actividade biológica de organismos do passado. Por exemplo, são icnofósseis os fósseis (mineralizações, incarbonizações ou moldes) de pegadas, de pistas de deslocação, de marcas de dentadas, de excrementos, de ovos, de túneis e de galerias de habitação, etc.

F3

Principais actividades produtoras de icnostruturas

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Deslocação

estruturas produzidas: pegadas, pistas, trilhos, etc.

 Alimentação

estruturas: marcas de dentadas, gastrólitos, coprólitos, etc.

Habitação

estruturas: galerias, tocas, túneis, etc.

Reprodução

estruturas: ovos, posturas, ninhos, etc

FONTES: 

Clique para acessar o Guiaprofs01.pdf

http://webpages.fc.ul.pt/~cmsilva/Aulas/Aulaspag/Geofcul2.htm EXCELENTES materiais do Prof. Dr. Carlos Marques da Silva   

http://fossil.uc.pt/pags/fossil.dwt

 

Fossilização fevereiro 6, 2015

Consulta este poster_fossilizacao

Podes ainda complementar o estudo consultando a informação neste site: http://fossil.uc.pt/pags/formac.dwt onde encontras uma animação interessante.