FONTE: https://colegiovascodagama.pt/ciencias3c/onze/geologia2.2.html
Bowen, em 1928 criou duas séries, séries de Bowen, em que ordena os principais minerais das rochas magmáticas segundo o seu arrefecimento em que ocorrem reações entre as substâncias já cristalizadas e as que se encontram ainda em solução.
-Uma das séries é contínua, o que significa que a reação entre o material cristalizado e a solução não origina minerais diferentes (minerais isomorfos) diferindo apenas nos teores relativos dos elementos químicos (por serem semelhantes na dimensão e em carga) que entram na sua composição. A série contínua é a família das plagióclases que varia entre a anortite (plagióclase cálcica) à albite (plagióclase sódica), passando pela Bitaunite , Labradorite , Andesina, Oligóclase.
-e outra das séries é descontínua quando a reação dos materiais cristalizados e as substâncias em solução, originam minerais diferentes.
Guerner Dias A. et al, Geologia 11ºano -Areal Editores
http://hyperphysics.phy-astr.gsu.edu/hbase/geophys/bowen.html
Os minerais caracterizam as rochas. Este gráfico representa as séries de Bowen com a rocha que se forma. Por exemplo, se na cristalização fracionada se formou o quartzo e o feldspato potássico é um granito.
Durante o arrefecimento os primeiros minerais a formarem-se, como já foi referido, são os que têm o ponto de fusão mais alto e são também os mais densos, e podem depositar-se, por ação da gravidade, na base da câmara magmática podendo ficar preservados da reação com a solução. Os minerais mais leves tendem a acumular-se na parte superior da câmara ajudados pelos gases (CO2 e vapor de água, por exemplo) e a água presentes na câmara. Esta deposição por diferença de densidades faz com que no mesmo reservatório possam co-existir rochas diversas entre si e entre o magma parental, as mais densas em baixo e as menos densas em cima, a este fenómenos dá-se o nome de Diferenciação gravítica.
A diferenciação magmática, é assim, uma ação combinada entre a cristalização fracionada e a diferenciação gravítica.
Esta diferenciação magmática pode ser vista mesmo perto de nós, nos maciços de Sintra.
A assimilação magmática contribui também para a diferenciação magmática o magma ao instalar-se funde as rochas encaixantes se se encontrar a temperaturas superiores do ponto de fusão dos cristais que constituem essas rochas alterando a composição original do magma. Se a fusão for parcial, partes sólidas podem ficar retidas no magma, originados os encraves ou xenólitos, importantes para o conhecimento da história geológica da região.
A mistura de magmas também contribui para a diferenciação magmática. Quando duas câmaras magmáticas se fundem origina a mistura de magmas e o resultado produzirá uma rocha diferentes dos magmas originais.
http://www.geocaching.com/geocache/GC1RCK4_xenolitos?guid=b67dcc63-4c90-4e51-b1bf-ca8a4724255e
Xenólito – resulta da assimilação magmática
Clique para acessar o MestradoEuniceCanha.pdf
Os minerais que caraterizam a rocha, designam-se por essenciais e os que podem estar ou não presentes na rocha, por acessórios.
Por exemplo: Os minerais essenciais do granito são o feldspato e quartzo, todos os outros que podem estar no granito são acessórios. Um exemplo muito frequente sãos as micas (moscovite-branca e biotite -preta). Os acessórios não caraterizam a rocha mas dão-lhe o segundo nome. Se o granito tivesse, por exemplo biotite, o nome seria granito biotítico.
CLASSIFICAÇÃO DAS ROCHAS MAGMÁTICAS
https://sites.google.com/site/isabelserio/rochasmagm%C3%A1ticas
http://www.netxplica.com/manual.virtual/exercicios/geo10/10.GEO.rochas.magmaticas.formacao.htm